A Justiça do Ceará aceitou, nesta terça-feira (18), a denúncia do Ministério Público contra William Fagner Alves de Matos, ex-secretário de Cultura de Nova Olinda, e os servidores Antônio Nyck Wallace Tavares Freire e Maria Zilak de Oliveira Diniz. Eles são acusados de participação em um esquema de “rachadinha” dentro da Secretaria Municipal de Cultura.
Os três foram denunciados pelos crimes de associação criminosa, peculato e corrupção passiva. A investigação teve origem na Operação “Secretaria de Luxo”, deflagrada em setembro de 2024, que resultou na prisão preventiva do ex-secretário, conhecido como “William Luxo”.
Segundo o Ministério Público, entre 2021 e 2024, os dois servidores receberam gratificações de desempenho sem justificativa, sem mudança na carga horária ou funções exercidas. Os valores aumentaram gradativamente até atingirem R$ 1.383,00, mais que o dobro da remuneração normal. Em troca, parte dessas gratificações era repassada ao ex-secretário ou a pessoas indicadas por ele, via transferência Pix ou dinheiro em espécie, entregue na própria secretaria.
Na denúncia apresentada à Vara Única da Comarca de Nova Olinda, o MP também solicitou a perda dos cargos públicos dos denunciados, ressarcimento dos valores desviados e indenização por danos morais coletivos. Durante a operação, a Justiça autorizou o bloqueio das contas bancárias de William Luxo, a quebra de sigilo bancário e a análise dos celulares, computadores e mídias apreendidas nas buscas realizadas na sede da Secretaria e nas residências dos investigados.